quarta-feira, 25 de maio de 2011

Erisipela Bolhosa

O QUE É?

É um tipo mais grave erisipela, mais profundo. Normalmente, a erisipela é superficial e cresce horizontalmente. Às vezes, porém, pode crescer em profundidade e afetar a gordura e o músculo, constituindo casos bem mais graves, com toxemia severa. O paciente fica largado na cama.
Em geral, a erisipela bolhosa acomete pacientes imunossuprimidos, com câncer avançado, HIV-positivos, diabéticos descompensados, e pode evoluir para exposição ou destruição do músculo.
Existem, ainda, a fasceíte necrozante, uma forma grave da doença que destrói o músculo, e formas genitais como a gangrena de Fournier, descrita há muitos anos, que pode destruir os genitais.
Erisipela é uma infecção que bem controlada evolui bem. Caso contrário, pode ter graves conseqüências.


PORQUE OCORRE A ERISIPELA?

A erisipela ocorre porque uma bactéria (um Estreptococo) penetra numa pele favorável à sua sobrevivência e reprodução. A porta de entrada quase sempre é uma micose interdigital (as famosas “frieiras”), mas qualquer ferimento pode desencadear o mal.

COMO SE APRESENTA?

A localização mais freqüente é nos membros inferiores, na região acima dos tornozelos, mas pode ocorrer em outras regiões como face e tronco. No início, a pele se apresenta lisa, brilhosa, vermelha e quente. Com a progressão da infecção, o inchaço aumenta, surgem as bolhas de conteúdo amarelado ou achocolatado e,por fim, a necrose da pele. É comum o paciente queixar-se de “íngua” (aumento dos gânglios linfáticos na virilha).



COMO O MÉDICO DIAGNÓSTICA?

O diagnóstico é feito apenas pelo exame clínico, analisando os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Não há necessidade de nenhum exame de sangue ou de outro exame especial da circulação, a não ser para acompanhar a evolução do paciente.

COMPLICAÇÕES

A seqüela mais comum é o linfedema, que é o edema persistente e duro (não forma uma depressão na pele quando submetido à compressão com os dedos), localizado principalmente na perna e no tornozelo, resultante dos surtos repetidos de erisipela.



TRATAMENTO

O tratamento consta de várias medidas realizadas ao mesmo tempo e só deve ser administrado pelo médico:
1 – Uso de antibióticos específicos para eliminar a bactéria causadora.
2 – Redução do inchaço, fazendo repouso absoluto com as pernas elevadas, principalmente na fase inicial. Pode ser necessário o enfaixamento da perna para diminuir o edema mais rapidamente.
3 – Fechamento da porta de entrada da bactéria, tratando as lesões de pele e as frieiras.
4 – Limpeza adequada da pele, eliminando o ambiente adequado para o crescimento das bactérias.
4 – Uso de medicação de apoio, como antiinflamatórios, antifebris, analgésicos e outras que atuam na circulação linfática e venosa.


PREVENÇÃO

As crises repetidas de erisipela podem ser evitadas através de cuidados higiênicos locais, mantendo os espaços entre os dedos sempre bem limpos e secos, tratando adequadamente as frieiras, evitando e tratando os ferimentos das pernas e tentando manter as pernas desinchadas.
Deve-se evitar engordar, bem como permanecer muito tempo parado, em pé ou sentado.O uso constante de meia elástica é uma grande arma no combate ao inchaço, bem como fazer repouso com as pernas elevadas sempre que possível.
Procurar um especialista quando apresentar qualquer dos sintomas iniciais da doença, relatados anteriormente.

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/erispela/

http://www.drauziovarella.com.br/ExibirConteudo/1963/erisipela

Postado Por: Ana Carolina